Jerónimo de Sousa comemorou Abril em Oeiras

Um projecto generoso<br>que é guia para a acção

Je­ró­nimo de Sousa par­ti­cipou, no sá­bado, 30, num al­moço co­me­mo­ra­tivo da Re­vo­lução de Abril, que en­cheu o pa­vi­lhão do Ve­lejas Atlé­tico Clube, em Oeiras.

Os va­lores de Abril aca­barão por se impor como uma ne­ces­si­dade

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Na sua in­ter­venção, em que apelou à par­ti­ci­pação de todos nas ma­ni­fes­ta­ções do 1.º de Maio, que se re­a­li­zavam no dia se­guinte, o Se­cre­tário-geral do PCP re­alçou que a co­me­mo­ração da Re­vo­lução de Abril con­tinua hoje, 42 anos de­pois, a «con­gregar com jú­bilo mi­lhares e mi­lhares de por­tu­gueses por todo o País». Se assim é, acres­centou, tal se deve ao facto de o sig­ni­fi­cado pro­fundo, os va­lores e os ideais de Abril não só per­ma­ne­cerem no co­ração do povo por­tu­guês, mas por man­terem uma fla­grante ac­tu­a­li­dade, as­su­mindo-se como um guia para a «nossa acção co­lec­tiva na cons­trução de um Por­tugal mais fra­terno e so­li­dário, mais livre, de­mo­crá­tico e de­sen­vol­vido».

Para Je­ró­nimo de Sousa, as­si­nalar o ani­ver­sário da Re­vo­lução é ce­le­brar a «luta he­róica de anos e anos de re­sis­tência e com­bate ao fas­cismo, o sa­cri­fício e a co­ragem de ge­ra­ções de por­tu­gueses». Mas é também ho­me­na­gear o «feito va­lo­roso dos ca­pi­tães de Abril» e o le­van­ta­mento po­pular que «ime­di­a­ta­mente ir­rompeu nessa manhã li­ber­ta­dora», trans­for­mando a acção mi­litar numa «ver­da­deira re­vo­lução de­mo­crá­tica».

Co­lo­cando a tó­nica da in­ter­venção nas con­quistas e va­lores de Abril, o di­ri­gente do PCP re­alçou a «energia com­ba­tiva e a cri­a­ti­vi­dade re­vo­lu­ci­o­nária das massas po­pu­lares», que apoi­aram e de­fen­deram a Re­vo­lução e tor­naram pos­sí­veis as pro­fundas trans­for­ma­ções que ela pro­duziu. Por isso, a Re­vo­lução de Abril «é pa­tri­mónio do povo e é pa­tri­mónio do fu­turo».

Con­fi­ança!

Após lem­brar muitas das con­quistas de Abril, al­gumas das quais são hoje vistas como «na­tu­rais», Je­ró­nimo de Sousa re­alçou que mesmo nos «mo­mentos di­fí­ceis em que a ofen­siva contra Abril e as suas con­quistas as­sumia uma di­mensão feroz, ex­pres­sá­vamos a nossa con­fi­ança num fu­turo di­fe­rente, afir­mando que o me­lhor do ca­minho his­tó­rico de Abril ainda es­tava para vir». Esta con­fi­ança, acres­centou, nunca foi aba­lada por mais vi­o­lenta que tenha sido, como foi, a po­lí­tica dos úl­timos anos dos PEC e do pacto de agressão.

A der­rota do PSD e do CDS nas elei­ções le­gis­la­tivas de 4 de Ou­tubro, re­sul­tante da luta dos tra­ba­lha­dores e do povo, per­mitiu abrir uma nova fase da vida po­lí­tica na­ci­onal, na qual o PCP de­sem­pe­nhou um im­por­tante papel, re­alçou. Re­co­nhe­cendo que «os tempos que vi­vemos neste mo­mento que co­me­mo­ramos o 42.º ani­ver­sário da Re­vo­lução de Abril ainda não são os de uma clara rup­tura com a po­lí­tica de di­reita a que as­pi­ramos», Je­ró­nimo de Sousa va­lo­rizou os avanços al­can­çados e ga­rantiu haver hoje me­lhores con­di­ções para o «de­sen­vol­vi­mento da luta contra a po­lí­tica de di­reita e pela exi­gência de uma ver­da­deira mu­dança de rumo na vida na­ci­onal».

O di­ri­gente co­mu­nista ter­minou ex­pres­sando a sua con­vicção de que o «ge­ne­roso pro­jecto de Abril e os seus va­lores e con­quistas aca­barão por se re­velar como uma ne­ces­si­dade ob­jec­tiva na con­cre­ti­zação de um Por­tugal fra­terno e de pro­gresso».




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